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82% dos consumidores brasileiros se preocupam sobre como empresas usam seus dados
Levantamento aponta ainda que 71% dos entrevistados estariam dispostos a pagar mais para usar ou comprar de uma organização que estivesse expressamente comprometida com a proteção de seus informações
Nova pesquisa da OpenText revela a crescente preocupação entre os brasileiros sobre a privacidade e a proteção de dados pessoais desde o início da pandemia. Os resultados do relatório demonstram uma falta geral de conhecimento sobre quais dados específicos são armazenados e por qual motivo, bem como uma falta de confiança em como as organizações armazenam e gerenciam todas essas informações.
A chave para restaurar essa confiança está em uma melhor governança e proteção das informações, combinando uma estratégia robusta de gerenciamento de informações corporativas com segurança em várias camadas e proteção de dados que oferece maior garantia e vantagem de informações.
Destaques da pesquisa
Com a vida pandêmica nos últimos dois anos sendo acompanhada pela adoção generalizada do trabalho remoto e uma mudança geral para realizar atividades cotidianas online, os brasileiros têm se tornado mais cautelosos com quem tem acesso aos seus dados pessoais. Tanto que 82% dizem ter novas preocupações sobre como as organizações estão usando tais informações desde o início da pandemia.
Tal é a força dessas preocupações que 30% dizem que não usariam mais ou comprariam de uma empresa à qual eram leais se ela não protegesse ou vazasse seus dados pessoais. Além disso, 71% estariam dispostos a pagar mais para usar ou comprar de uma organização que estivesse expressamente comprometida com tal proteção.
Nova era de preocupação
À medida que o mundo emerge do pior da crise global de saúde, os brasileiros estão cada vez mais preocupados com a forma como seus dados estão sendo gerenciados e protegidos nesse novo normal. Na verdade, 90% se preocupam mais com seus dados pessoais agora que as organizações operam modelos de trabalho híbridos e remotos, com metade (50%) esperando que essas organizações garantam que tudo esteja seguro, não importa de onde seus funcionários trabalham.
“Desde que a pandemia ocorreu no início de 2020, as preocupações dos consumidores sobre onde e como seus dados pessoais estão sendo usados estão aumentando. Também estamos vivendo em uma época de mudanças regulatórias sem precedentes, com regulamentações rigorosas de privacidade de dados crescendo e evoluindo rapidamente em todo o mundo”, destaca Roberto Regente Jr., vice-presidente da OpenText para América Latina e Caribe.
Ele acrescenta ainda que, embora a necessidade de proteger informações pessoais tenha se tornado uma missão crítica em todos os setores da indústria e traga vários desafios de conformidade, também apresenta uma oportunidade. “Ao resguardar os dados dos clientes, as organizações podem proteger sua confiança, garantindo fidelidade contínua à marca”, relata.
A confiança ainda não está lá
A privacidade dos dados é claramente importante para os consumidores, embora 35% não saibam quais dados específicos são usados, armazenados e acessados pelas organizações. No entanto, 71% disseram que ainda pagariam mais por uma empresa ou terceiro para manter suas informações seguras – apesar de uma ligeira queda de 75% dos que disseram o mesmo em uma pesquisa semelhante da OpenText realizada em março de 2020.
Isso talvez não seja surpreendente, já que apenas 22% dos entrevistados no Brasil confiam totalmente em todas as organizações com as quais interagem para manter essa segurança, enquanto pouco mais da metade (53%) confia na capacidade de algumas empresas. É importante ressaltar, é claro, que a lealdade depende da confiança. Uma vez que a confiança de um cliente é quebrada, o mesmo acontece com sua lealdade a uma marca. 23% dos consumidores não usariam mais ou comprariam de uma empresa à qual eles eram leais se ela não respondesse a uma requisição de acesso aos dados do titular (DSAR, na sigla em inglês) – incluindo, entre outros, o direito de ser informado, o direito de acesso, o direito de retificação e o direito de apagamento – enquanto 27% não usariam mais ou comprariam de uma empresa se ela compartilhasse seus dados pessoais com terceiros para outra finalidade que não fosse sua especificada.
Interesse-se pelas leis de privacidade de dados
A crescente conscientização das leis que cercam a privacidade e a proteção de dados significa que as empresas não podem se dar ao luxo de brincar com os dados dos consumidores. 64% dos consumidores brasileiros dizem ter uma vaga ideia sobre as leis de privacidade de dados – um aumento de 60% no início da pandemia.
Curiosamente, no entanto, o número de brasileiros que professam estar muito cientes das leis que protegem sua privacidade de dados diminuiu nos últimos dois anos – de 30% no início de 2020 para 26% em 2022. Isso sugere que, embora possa haver um melhor conhecimento geral sobre as leis de privacidade de dados, é necessária mais educação sobre regras e regulamentos específicos.
De forma encorajadora, e talvez motivada por essa crescente conscientização e, de fato, pela falta de confiança nas organizações, 80% dos consumidores sabem como manter seus dados seguros nos aplicativos, contas de e-mail e contas de mídia social que usam. Apesar disso, apenas pouco menos da metade (49%) verifica regularmente para garantir que estão seguindo as melhores práticas para manter seus dados privados e seguros, por exemplo, ativar as configurações de privacidade, desativar a geolocalização etc.
“Nunca houve uma necessidade tão grande de soluções de gerenciamento de informações empresariais que não apenas suportem a conformidade com as leis de privacidade e proteção de dados, mas também forneçam vantagem competitiva e diferenciação para manter a fidelidade do cliente”, comenta Regente Jr.
Regente Jr. acrescenta que as empresas precisam promover uma abordagem integrada e centrada em dados para governança de informações e gerenciamento de privacidade, aproveitando as ferramentas de descoberta e classificação para mitigar os riscos associados à maneira como lidam com a privacidade e os dados confidenciais, além de proteger o conteúdo com recursos mais fortes de classificação e retenção. “No mundo pós-pandemia de hoje, as organizações devem desbloquear sua vantagem de informações para proteger as informações de seus clientes e, ao fazê-lo, aliviar suas preocupações e manter sua confiança”, finaliza.